E mais neve!

8 12 2010

Hoje a neve caiu como só tinha visto na Dinamarca. Talvez em Inglaterra também tenha nevado assim, mas tenho memória curta e não há registo disso nos meus neurónios.

Mas dizia eu, hoje houve uma nevada fantástica em Paris. Claro, infantil como sou foi difícil abstrair-me dos flocos gigantes que esvoaçavam apelativos do lado de lá da janela. E o meu laboratório tem janelas por tudo quanto é lado… Valeu-me o horário super apertado (4 experiências ao mesmo tempo para recuperar tempo perdido a supervisionar uma colaboração russa…) para me manter no trabalho. Mas mesmo assim, à hora de almoço  e ao fim da tarde ainda consegui ir brincar um bocadinho para e com a neve.

Ecole Superior Normale

Rue d’Ulm

View from the lab

Monsieur Bon-homme!





Neve!

4 12 2010

Mais uma vez as previsões meterológicas falharam redondamente. Há duas semanas que se previa neve, muita neve que se transformava na realidade em caquinhas de flocos que mal tocavam o chão derretiam.

Para este fim-de-semana previa-se chuva torrencial.

Hoje, abro as cortinas e não consegui conter um “Oh!”.

O meu mundo está hoje assim e eu vou já enfiar-me nesse congelador para tirar muitas fotograsfias!

Adoro neve!!!

PS: E mesmo assim os parisienses continuam doidos com as suas correrias….





Uma carta do passado

2 12 2010

Há exactamente um ano atrás escrevi um mail a mim mesma e enviei-o para ser entregue um ano depois (FutureMe.org).

Na altura, ainda não sabia o que seria da minha vida a seguir ao doutoramento: viria para Paris fazer postdoc? Estaria a fazer um postdoc noutro sítio? A trabalhar em telómeros? A finalmente receber um salário?

Para além do trabalho, também no campo pessoal muitas dúvidas se punham, nomeadamente a sobreviência ou não do meu relacionamento com a distância (devido a vivências passadas, sou bastante céptica sobre este tipo de relações).

E foi com um sorriso na cara que li os meus desejos e medos de há um ano atrás. Na verdade, tudo o que queria há um ano mais uma vez se realizou. E até bem melhor do que eu poderia ter sonhado…

Sim, também hoje tenho incertezas e volto a não saber o que farei no meu futuro já tão próximo, mas este mail do meu “eu passado” lembra-me mais uma vez que a vida me tem sorrido muito e que ter corrido atrás dos meus sonhos acabou sempre por compensar.

Onde estarei daqui a um ano, dois? Não sei. Mas para mim é suficiente saber que no fim de 2010 volto a ser a mesma pessoa que era no início do doutoramento e que os meus sonhos têm sido, até agora, concretizados. A única certeza é que sou mesmo uma sonhadora e que têm sido sonhos a comandar a minha vida.